sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade tem ressurgido a partir de uma visão globalizada da nossa realidade com o intuito de evitar a excessiva fragmentação do conhecimento que por sua vez permite a perda de conexão e de sentido, tornando assim mais difícil o aprendizado, já que não é fácil assimilar algo que não lhe seja interessante. Ela pressupõe um processo de articulação entre pelo menos duas disciplinas, promovido por diferentes especialistas, que planejam e orientam uma ação de forma integrada. Não existe a intenção de fundir disciplinas, mas de estabelecer ligações de interdependência, convergência e complementaridade entre elas.

No ensino a prática interdisciplinar quando realizada de maneira correta, tem significado a integração e engajamento dos educadores, num trabalho conjunto de interação das disciplinas do currículo escolar com a realidade, de modo a superar a fragmentação do ensino. O objetivo se torna a formação integral de alunos capazes de exercer criticamente o seu papel, mediante uma visão mais ampla de mundo, podendo resolver e enfrentar as complexidades que ocorrem em nossa sociedade.

A interdisciplinaridade constitui-se em um fator de transformação pessoal e não apenas na integração de teorias, conteúdos, métodos ou outros aspectos do conhecimento. A integração é apenas um momento do processo, que possibilita chegar a “novos questionamentos, novas buscas, para uma mudança na atitude de compreender e entender”. Na interdisciplinaridade, o valor do indivíduo não está na quantidade de conhecimento que possui, mas no potencial de ser um sujeito capaz de interagir coletivamente como agente de transformações da realidade onde se insere.

É importante ressaltar que a interdisciplinaridade não consiste em desvalorizar as disciplinas ou os conhecimentos que cada uma oferece, mas sim, juntá-los na busca de um conhecimento concreto e único.


Os entraves da interdisciplinaridade.

Trabalhar a interdisciplinaridade é um processo que necessita do acesso contínuo a um conhecimento amplo pelo professor, que inclui pesquisas e descobertas acadêmicas, o que na prática dificulta o processo de aplicação desta metodologia. A questão, entretanto, não se resume ao interesse do professor, em se manter atualizado e com um pensamento interdisciplinar na sua formação, visto que ele será o mediador e facilitador do trabalho interdisciplinar, mas depende também de outros fatores dentre eles estão:
- A obrigatoriedade de cumprir os conteúdos determinado pelo currículo, não priorizando o processo de construção do conhecimento e sim o resultado;
-A dificuldade de uma integração entre professores das diversas disciplinas, por motivos diversos;
- Conceituação errônea da interdisciplinaridade com a imposição de projetos pluridisciplinar propostos pela escola, que são trabalhados sem contextualização e são taxados de interdisciplinar;
-Temas de difícil integração entre as disciplinas, e sem relevância com a realidade do aluno;
- Insegurança ou despreparo do professor em trabalhar a interdisciplinaridade, devido a sua formação acadêmica ter sido fragmentada e uma falta de educação continuada voltada ao tema.  







segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Objetivos da Interdisciplinaridade

O objetivo fundamental da interdisciplinaridade é experimentar a vivência de uma realidade global que se inscreve nas experiências cotidianas do aluno, do professor e do povo e que, na escola conservadora, é compartimentizada e fragmentada. Articular saber, conhecimento, vivência, escola, comunidade, meio-ambiente etc. é o objetivo da interdisciplinaridade que se traduz na prática por um trabalho escolar coletivo e solidário.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Interdisciplinarizar


A interdisciplinaridade tem a idéia norteada por eixos básicos: a interação, a humildade, a totalidade, o respeito pelo outro e é também marcada pelo sentimento de intenção consciente, clara, objetiva e não apenas pela interação de todos os elementos do conhecimento.

EDUC@ação - Rev. Ped. - UNIPINHAL – Esp. Sto. do Pinhal – SP, v. 01, n. 03, jan./dez. 2005